A Usina Laguna representa um importante avanço no setor sucroalcooleiro do Brasil, contribuindo para a geração de mais de 900 empregos diretos e o desenvolvimento econômico na região de Mato Grosso do Sul. Com a crescente demanda por açúcar e biocombustíveis, a modernização das fábricas é crucial para a competitividade da indústria.
Com investimentos de cerca de 100 milhões de reais em uma estrutura moderna, a nova fábrica de açúcar da Usina Laguna tem capacidade para processar até 120 mil toneladas por ano e conta com um armazém para 54 mil toneladas do produto. O foco será a produção do açúcar tipo VHP (Very High Polarization), destinado para exportação. O seu mix de produção na safra em andamento priorizará o açúcar (55%) em relação ao etanol (45%).
A expectativa para essa temporada é processar 1,65 milhão de toneladas de cana, 65 milhões de litros de etanol, 120 mil toneladas de açúcar e 40 mil MWh de bioeletricidade.

Atualmente, o Brasil possui aproximadamente 432 usinas de cana-de-açúcar em operação, responsáveis pela produção de açúcar e etanol. Essas unidades estão distribuídas por diversas regiões do país, com maior concentração no Sudeste, especialmente no estado de São Paulo, que sozinho abriga 169 usinas.
A região Sudeste concentra a maioria das usinas, seguida pelas regiões Centro-Oeste e Nordeste. Essa distribuição reflete fatores como clima favorável, infraestrutura adequada e tradição agrícola.

Na safra 2024/2025, o Brasil produziu aproximadamente 40,17 milhões de toneladas de açúcar, representando uma redução de 5,31% em relação ao recorde histórico da safra anterior, que foi de 42,42 milhões de toneladas.
Para a safra 2025/2026, as estimativas indicam um aumento na produção. A corretora StoneX projeta uma produção de 41,75 milhões de toneladas, enquanto a consultoria Safras & Mercado estima 46,1 milhões de toneladas, o que representaria um crescimento de 2,3% em relação à safra anterior.
Esse crescimento é atribuído a fatores como o aumento da capacidade de produção das usinas e a maior destinação da cana-de-açúcar para a produção de açúcar em detrimento do etanol.
O Brasil continua sendo o maior produtor e exportador mundial de açúcar, com a maior parte da produção concentrada na região Centro-Sul, especialmente no estado de São Paulo.
Além da produção de açúcar e etanol, muitas dessas usinas também investem em cogeração de energia elétrica a partir do bagaço da cana, contribuindo para a matriz energética renovável do país. Esse é também o caso da Usina Laguna que recentemente em 2024/2025 implementou uma cogeração com o apoio da FERTRON.
A usina já era autossuficiente em energia e no último ano (2024) investiu na ampliação de capacidade de geração para 75 mil MWh/ano (Megawatt-hora) com 50 mil MWh/ano comercializados e distribuídos no Sistema Interligado Nacional (SIN), alimentando a rede com energia limpa e renovável. Para potencializar a cogeração foram investidos R$ 50 milhões, que agora conta com uma nova linha de transmissão de 138 kV (quilovolt) com 11 quilômetros de extensão e equipamentos modernos que permitem melhor aproveitamento do vapor no processo industrial. Todo o projeto de Cogeração da Usina, desde o fornecimento do projeto conceitual, projeto de instalação de campo e fornecimento de painéis elétricos foi implementado pela FERTRON.
Este não é apenas um case de sucesso na implantação da fábrica de açúcar e cogeração, mas também um exemplo de excelência na gestão conduzida pelos seus Diretores. Nós, que acompanhamos de perto o crescimento desta Usina, reconhecemos o profundo compromisso deles com o desenvolvimento da região. Além disso, enfrentam o desafio de operar em uma área estratégica, cercada por diversas outras usinas e também por uma forte concorrência com áreas de cultivo de soja.
A dedicação à eficiência operacional, aliada a uma gestão visionária, tem sido fundamental para consolidar a posição da usina no mercado, promovendo crescimento sustentável e contribuindo significativamente para o desenvolvimento econômico local. Este case evidencia que, além de investir em tecnologia de ponta, a liderança competente e o compromisso com a região são essenciais para alcançar resultados extraordinários.
É importante ressaltar que o setor sucroenergético brasileiro é um dos mais importantes do mundo, sendo o Brasil o maior produtor global de cana-de-açúcar e um dos principais exportadores de açúcar e etanol.
- Contexto da Usina Laguna: A Usina Laguna, que é um parceiro da FERTRON desde a sua implementação, foi projetada para atender às exigências do mercado, com uma capacidade de produção robusta. Seu investimento em tecnologia reflete a necessidade de melhorar a eficiência produtiva e a sustentabilidade. A localização estratégica da usina, próxima às principais rotas logísticas e áreas de cultivo de cana-de-açúcar, favorece a operação.
- Modernidade do Parque Instalado: O parque industrial da Usina Laguna é dotado de equipamentos de última geração. Entre os principais aspectos está a automação dos processos, sendo este um pilar central na operação da Usina Laguna. Os processos, desde o cultivo até a produção final, são monitorados e controlados por sistemas de automação industrial.
- Controle Avançado de Processos (CAP): Tecnologia que permite a programação e otimização em tempo real das operações, minimizando variáveis e aumentando a produtividade.
Benefícios da Automação:
- Aumento da Produtividade: A automação permite um maior controle sobre os processos, resultando em altos níveis de produção e redução de desperdícios.
- Sustentabilidade: Processos mais eficientes impactam positivamente o meio ambiente, reduzindo a emissão de poluentes e o consumo de recursos naturais.
- Segurança do Trabalho: Com a automação, operações perigosas são minimizadas, aumentando a segurança dos trabalhadores.
- Redução de Mão de Obra: A escassez de mão de obra especializada é notória nos dias atuais, nesse sentido é primordial o investimento na automação industrial para controle centralizado dos processos e redução desse mão de obra.
Desafios e Oportunidades
Apesar dos avanços, muitos especialistas apontam que o setor ainda enfrenta desafios na adoção de tecnologias mais avançadas, como sistemas de Controle Avançado de Processos (APC), Otimização em Tempo Real (RTO) e Gestão de Ativos Online. A falta de uma cultura tecnológica mais robusta e investimentos contínuos em inovação são fatores que limitam a plena automação das usinas.
Quando falamos em controle avançados de processos é necessário que as usinas investam em instrumentação, ou seja, para a coleta de dados em tempo real, é necessário que as indústrias tenham os instrumentos alocados nos pontos certos para medição de temperatura, vazão, etc.
Para manter-se competitivo, é imprescindível que as usinas invistam em sistemas automatizados que permitam incrementos na produtividade e qualidade do produto. A adoção dessas tecnologias é fundamental para atender às pressões do mercado e às exigências por maior eficiência operacional.
Conclusão
O nível de automação nas usinas de açúcar e etanol no Brasil está em processo de evolução. Enquanto algumas unidades já adotaram tecnologias avançadas e sistemas integrados de controle, outras ainda operam com modelos mais tradicionais. A tendência é de crescimento na automação, impulsionada pela necessidade de maior eficiência, redução de custos e competitividade no mercado global.
A FERTRON segue na liderença de mercado, contribuindo com sua expertise e know how de mais de 40 anos de mercado para propor e implementar soluções específicas para cada cliente.
Autora: Ágata Turini
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